Jornada

Conceição Evaristo, Federico Andahazi, Marina Colasanti, Edegar Pretto e Nadine Gasman debatem igualdade de gênero

24/07/2017

17:17

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Público terá a oportunidade de escutar aclamadas escritoras, escritores e representantes de movimento global

Os direitos das mulheres também são debates na área da literatura. E por isso, no dia 5 de outubro, o Palco de Debates do Espaço Suassuna da 16ª Jornada Nacional de Literatura recebe escritoras, escritores e autoridades da área para discutir o tema “Por elas: a arte canta a igualdade”. O debate contará com a participação de importantes autoras e autores contemporâneos como Conceição Evaristo, o argentino Federico Andahazi e Marina Colasanti, além do integrante do Comitê brasileiro do #Heforshe (ElesporElas), Edegar Pretto, e da representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman. A Jornada, que está com as inscrições abertas, acontece de 2 a 6 de outubro, em Passo Fundo/RS. 

A questão da igualdade de gênero é uma temática mundial. O público terá a oportunidade de escutar aclamadas escritoras, escritores e representantes do movimento global #Heforshe. A coordenação da Jornada ressalta a importância de discutir temas de relevância social. “Esta mesa está relacionada ao movimento global #HeForShe (ElesPorElas) da ONU Mulheres pela Igualdade de Gênero. A atualidade da temática é uma oportunidade de dialogar sobre os direitos das mulheres e, principalmente, sobre a igualdade de gênero, que não é apenas um problema das mulheres, mas, como define a ONU Mulheres, é uma questão de direitos humanos que afeta a todos nós: mulheres e meninas, homens e meninos”, enfatiza uma das coordenadoras da Jornada Nacional de Literatura, Fabiane Verardi Burlamaque.

Mesa contará com escritores e autoridades ligados ao tema 
Marina Colasanti é uma das maiores escritoras brasileiras contemporâneas que participam da discussão sobre igualdade de gênero na Jornada. Marina, que também atuou como jornalista em importantes jornais e revistas do país, busca esclarecer e conscientizar as mulheres brasileiras quanto a sua condição, construindo uma voz feminina que busca seu lugar no texto e na história.

Outra escritora convidada é Conceição Evaristo, que é uma das principais expoentes da literatura brasileira atual. “Sua produção literária tece profundas reflexões acerca das questões de raça e de gênero, revelando, quase sempre, a desigualdade em nossa sociedade”, destaca Fabiane, da coordenação da Jornada.

Um dos mais premiados escritores argentinos da atualidade, Federico Andahazi, também contribuirá com o debate. “Ele traz para sua ficção dados históricos relacionados à sexualidade feminina e ao lugar da mulher na história”, comenta o também coordenador da Jornada, Miguel Rettenmaier.

Também participam da Mesa, o integrante do Comitê brasileiro do HeforShe (ElesporElas), Edegar Pretto, e a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman. 

Inscrições para a Jornada e para a Jornadinha
A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são realizadas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, do Sesi, da BSBIOS e da Companhia Zaffari & Bourbon e com o apoio do Ministério da Cultura, além da parceria cultural do Sesc, dentre outras empresas e órgãos. 

As inscrições para a Jornada e para a Jornadinha estão abertas e são limitadas. Para a Jornada, o público pode se inscrever tanto para o evento completo quanto para apenas uma das noites. Os interessados devem se inscrever no portal www.upf.br/16jornada. A programação completa também está disponível no site da Jornada. Informações podem ser obtidas pelo e-mail jornada@upf.br ou pelo telefone (54) 3316-8368.

Sobre as escritoras e escritores da Terceira Mesa de Debates da Jornada

Conceição Evaristo


Conceição Evaristo nasceu numa favela da zona sul de Belo Horizonte. Teve que conciliar os estudos com o trabalho como empregada doméstica, até concluir o curso Normal, em 1971, já aos 25 anos. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde passou num concurso público para o magistério e estudou Letras na UFRJ.

Na década de 1980, entrou em contato com o Grupo Quilombhoje. Estreou na literatura em 1990, com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada pela organização.

É Mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial, de gênero e de classe. A obra foi traduzida para o inglês e publicada nos Estados Unidos em 2007.

- Obras indicadas: Olhos d’água; e Insubmissas lágrimas de mulheres.

 

Marina Colasanti


Marina Colasanti é poeta, narradora, jornalista e tradutora. Nasceu em Asmara, na Eritréia, viveu em Tripoli, na Líbia, e com o começo da II Guerra Mundial a família regressou à Itália. Em 48 transferiu-se definitivamente para o Brasil. Com formação em Artes Plásticas, ingressou em jornalismo e durante trinta anos trabalhou em jornais e revistas como redatora, editora e ilustradora. Teve destacada atuação nas questões de gênero, seja através dos seus artigos, que resultaram em quatro de seus livros, seja com participação direta como membro do Primeiro Conselho Nacional Dos Direitos da Mulher. Foi publicitária, muitas vezes premiada. Trabalhou em diversos programas televisivos como âncora, apresentadora e roteirista. 

Seu trabalho se destaca pela diversidade. Publicou mais de 50 livros, de contos, crônicas, poesia, ensaios e literatura infantil e juvenil. É considerada revitalizadora por excelência dos contos de fadas, reunidos recentemente em seu livro "Mais de 100 Histórias Maravilhosas". Traduziu para o português importantes obras da literatura universal. É sua própria ilustradora.

- Obras indicadas: Como uma carta de amor; 23 histórias de um viajante; Mais de 100 histórias maravilhosas; e Hora de alimentar serpentes.

 

Federico Andahazi


Federico Andahazi é um dos autores argentinos cujos trabalhos foram traduzidos em todas as línguas em todo o mundo. Seus livros foram publicados por editoras de prestígio. Ele lecionou em instituições de ensino como a Faculdade de Jornalismo e Ciências da Comunicação na Universidade de Moscou, na Rússia, e Universidade José Santos Ossa  de Antofagasta, Chile. O autor proferiu palestras em Estocolmo, Londres, Paris, Istambul e outras cidades da Europa, América Latina e dos Estados Unidos. Participou de congressos literários na França, Finlândia e várias cidades na Espanha, entre outros. Ele foi convidado para inúmeras feiras de livros, como Guadalajara, Moscou, Pula, Istambul, Madrid, Barcelona e, de claro, ele assistiu à Buenos Aires e quase toda a Argentina. Seu trabalho foi reconhecido pela crítica em todo o mundo e foi o objeto de várias revisões e estudos.

Um dos episódios bastante conhecidos na carreira do escritor aconteceu em 1996, enquanto ele era finalista do Prêmio Planeta, com seu romance O Anatomista, que ganhou o primeiro prêmio da Fundação Fortabat. No entanto, a mentora da competição, Amalia Lacroze de Fortabat, anunciou o seu desacordo com o prêmio, através de um pedido publicado em todos os jornais de Buenos Aires, no qual afirmou que o trabalho "não contribui para exaltar o altos valores do espírito humano". Depois do escândalo provocado pela atitude, concursos literários organizados pela Fundação Fortabat não voltaram a acontecer.  Após o episódio, O Anatomista foi publicado pela Editora Planeta em 1997, traduzido para quarenta e sete línguas e já vendeu milhões de cópias em todo o mundo. 

- Obras indicadas: O anatomista; e O livro dos prazeres proibidos.